quarta-feira, 25 de abril de 2012

A terra sem lei

Quem acreditava que a internet seria pra sempre uma zona virtual onde as nossas leis e códigos de ética não conseguissem alcançar, pode se surpreender ao descobrir que isso não passa de um engano. Na verdade, desde que a rede surgiu já estava acompanhada de restrições, e mesmo os nossos mecanismos de justiça já se preocupavam em colocar limites à este território tão amplo que poderia ser uma extensão perigosa dos crimes cometidos no mundo fisico. 
  
A internet foi uma ferramenta surgida em tempos de guerra, claro que não do jeito como a conhecemos hoje, mas como meio de comunicação sua evolução se deve ao adventos em gerações passadas de outros meios: cartas, telegramas, telegrafo, telefone, rádio e televisão. Portanto se fomos observar o seu desenvolvimento vamos encontra-la com as tropas do exercito americano e soviético em tempos de guerra fria, mais tarde em orgãos de segurança nacional como o Pentágono, e hoje ela está nos nossos netbooks e celulares.
 
Um caminho tão longo como esse não foi a toa, além do mais, depois de ter passado por orgãos de defesa nacional e internacional tão rigorosos, seria muita ingenuidade acreditar que para nós, cidadãos comuns, ela fosse um espaço totalmente livre de intervenções externas.

Ou seja, é melhor ter cuidado com o que fazemos fora e dentro da rede também, eu não posso discriminar uma pessoa por sua cor ou por sua cultura, ou mesmo pelo modo de vestir e de falar, fora da rede, e pior ainda é fazê-lo dentro, organizando comunidades com o intuito de expor uma pessoa à humilhações e situações constrangedoras. Organizar “badernas” com torcidas organizadas em estadio de futebol através de uma rede social? Nem pensar, é crime também.
 
E daí por diantes segue-se uma lista de crimes virtuais que tem sim punição, que vão de multas por danos morais até a cadeia. E quem está por fora desses meandros do mundo virtual é bom procurar se informar melhor, existe um Fórum de Justiça especializado em crimes virtuais, e a conscientização é o primeiro passo.
 
A pessoa humana tem o direito de ser valorizada dentro e fora dos muros da rede worldwideweb e precisa conhecer e buscar seus direitos. O anonimato virtual não deve servir de desculpas para fazer bagunças num mundo alternativo.